segunda-feira, 1 de julho de 2013

Capítulo 2 - Núpcias


Núpcias 
Fonte da Imagem - Imagem de Flora na Floresta do Sol


- Amor! – O agora casado com lady Luna estava deitado em sua cama real e chamava por ela, que estava na sacada de seu quarto nupcial, olhando o horizonte claro.

-Oi Sol! – A voz de lua era neutra.

- Estou aqui te esperando. – Ele estava muito ansioso para mais uma noite de amor. Sol e Lua já eram amantes há muitas décadas.

Sol e Lua, ao contrário do que todos esperavam, não passaram a sua Lua de Mel na Terra: foram para o Mundo Mágico, sua verdadeira casa. Era um mundo perfeito: as ruas eram de ouro e o céu não era azul, era de um tom de lilás. As flores eram enormes, algumas chegavam a ser maiores que os seres humanos. No Mundo Mágico, os Seres de Poder podiam usar suas roupas encantadas, que não tinham semelhança com as do Mundo dos Simples. Os animais do Mundo Mágico eram dóceis e todos herbívoros. Lá cada ser mágico possuía seu próprio reino. Sol e Lua estavam no Reino do Sol, em seu castelo de pedras preciosas.

-Você esta demorando muito Lua. Tem algo que está te incomodando? Você está há meia hora nesta sacada olhando o mar. – Sol já estava começando a achar que algo estava preocupando Lua.

Lua virara-se da sacada. Ainda estava vestindo seu belíssimo vestido. Entrou no quarto, que parecia ter iluminação própria e possuía móveis de ouro e toda espécie de pedras preciosas. Sol levantara-se da cama. Abrira o zíper do vestido de sua esposa. O volume em sua roupa denunciava sua atual ereção.

- Você parece estar um pouco excitado Sol! – Lua gostou do que via.

- Com você não tem como não estar meu anjo! – E disparou um beijo em sua amada.

-Eu sou muito mais que um anjo, eu sou sua Lua, meu Sol! – Sempre doce e encantadora.

Lua, ao despir-se de seu vestido, resplandecia-se em um vestidinho de seda azul claro e espartilhos costurados com fios de ouro.  Caminhara lentamente na direção de Sol, que agora estava nu, deitado na imensa cama redonda, coberta com lençóis vermelhos. Lua era uma mulher muito sensual. Seu corpo possuía traços perfeitos demais para qualquer mulher da época e por isso sempre fora desejada por todos os homens, envolvendo-se com alguns raramente.

Os recém-casados se amavam naquela noite lilás – não havia noites como as da Terra no Mundo Mágico. Sol era um homem insaciável e por isso, sua noite nupcial foi mais longa do que Lua imaginara.

Sol voltava da sala ao lado do quarto com duas taças de jade, transbordando a Vinho Branco das mais belas uvas do Reino de Flora.

- Não acredito que você trouxe vinho do reino da sua ex-namorada! – Lua não gostava muito daquela ninfomaníaca. 

-Não, ela nos deu alguns barris de presente de casamento.

- Eu não gosto muito de Flora. Às vezes ela parece me provocar- Lua ficava mais bela ainda quando estava brava. Em vidas passadas, Sol e Flora namoraram por algumas décadas. Naquele tempo Sol era um jovem rapaz e Flora também. Os seres mágicos não têm sexo e por isso, se relacionam mesmo que estejam em corpos do mesmo sexo. 

-Parece que alguém esta com ciúmes! – Sol se colocara a rir.

Lua, exalando seu cheiro doce e ao mesmo refrescante como o hortelã, mostrou um sorriso doce e respondeu carinhosamente:

-Não tenho ciúmes dela. Acontece que ela tenta se mostrar superior a mim. Somos todos iguais poxa vida! Precisamos um dos outros e se não fosse por minha atuação lunar, as plantas dela não seriam nada! Além do mais, é uma tarada viciada em sexo e promiscua!

- Acalme-se amor! Vamos simplesmente aproveitar nossa noite nupcial! Agora que eu sou o seu senhor, o rei, você poderá ser toda minha para sempre!

Sol estava ainda nu e todo suado e assentava-se em sua enorme poltrona avermelhada quando vira Lua se levantar delicadamente da cama, apanhar sua camisola e se aproximar dele. Pela expressão de sua da encantada mulher, algo estava errado.

- Você é o que meu? – Lua estava a centímetros do rosto de Sol e, sua voz, apesar de desaprovadora quanto ao enunciado de Sol, soava baixo, o verdadeiro acorde do universo.

- Ai! Desculpe-me Lua, eu não quis dizer isso. – Sol encolhera-se em sua poltrona.

- Você sempre com seu tom de soberania! O que te faz pensar que é o rei dos Seres de Poder?

- Eu apenas dou a vida a tudo! – Sol levantara-se de sua poltrona vermelha e elevara-se sobre sues pés.

- Você fornece vida? Mas vejam só! Os outros seres mágicos são tão importantes quanto você! Você prometeu que ia baixar sua bola!

-Eu tento! Mas às vezes é maior que eu. – Apesar de estar se desculpando, sua voz apresentava tom irônico.

- Todos nós somos necessários aos Humanos. Desde que a humanidade nasceu, todos nós, os Seres de Poder, somos todos singularmente importantes para eles! E juntos lhes ajudamos em tudo! – Lua começara novamente seu discurso.

-Eu sei, chega! – O grito de Sol era assustador, mas não assustava Lua. Uma vez Trovão tentara destruir uma pequena aldeia, e Lua o enfrentou. Trovão era outro ganancioso. 

- Não grite comigo, ou eu vou embora! – A doce mulher se mostrava mais forte do que aparentava.

- Me perdoe amor, eu não quis... – Sua expressão de arrependimento parecia real, mas não enganava Lua.

- Eu vou para o meio reino, está ficando tarde a noite se aproxima na Terra. Hoje é lua cheia e preciso estar lá para o meu ritual de mudança de lua!

-Mas você não precisa realmente ir! Suas ajudantes, as Fadas da Lua podem fazer isso por você. – Sol baixara o tom da voz e agora se arrependia por ter gritado com aquela donzela amável de pele tão polida quanto um diamante.

- Realmente. Mas você precisa passar uma noite sozinho, para pensar sobre seus atos!  Eu te amo Sol, mas não posso ficar aqui para ouvir sobre sua arrogância! – Em um piscar de olhos lua desaparecera na frente de astro solar.

Aquela era para ser a lua de mel perfeita. Lua havia se adornado e se perfumado muito cuidadosamente, mas o egoísta Sol teimava em se mostrar soberbo. Houve um tempo em que Sol não era assim e Lua se apaixonara por ele, mas agora, quando resolveram casar no mundo dos humanos, ele estava passando dos limites. Lua era piedosa e humilde, enquanto o luminoso homem estava se tornando cada vez mais arrogante.

Na Terra, o povo bebia e comia no castelo terreno do Sol. Havia muita bebida e comida. Todo o povo plebeu, inclusive os escravos do sol estavam festejando. Todos teriam aquele dia para comemorar.

- Venha comigo Senhor Selene! – Flora puxava pela mão um humano do campo que estava na flor da juventude.

- Eu não tenho certeza! Nem te conheço direito!

- Largue de ser bobo!

Flora, como também era conhecida no mundo dos humanos, era uma mulher de cabelos castanhos e de corpo muito lindo. Tinha estatura média e busto farto. Era uma mulher muito astuta e audaciosa e se entregava aos prazeres da carne como ninguém. Naquela noite bebera muito. Como presente aos noivos, doara toda a bebida da festa: todos os tipos possíveis de vinho que se pode imaginar e todas as especialidades de uvas do seu reino no Mundo Mágico.

Ambos, Flora e o camponês Selene estavam bêbados e esta queria muito ser possuída por um homem aquela noite. Flora também adorava ficar com mulheres: elas eram doces. Mas hoje queria experimentar algo forte. Um jovem camponês de braços fortes seria perfeito.

Correram para a mata disfarçadamente sem que ninguém os visse. O jovem já estava com a visão turva por causa do vinho. Flora estava disposta a partilhar com ele um pouco de sexo mágico, um prazer que ele nunca teria com outra mortal. Sem que ele percebesse, fez crescer naquela área da floresta um carpete de gramas macias onde pudessem se deitar.

A noite estava clara, pois era lua cheia.

-Lua, sempre estragando minhas aventuras sexuais! – Flora esbravejava!

- O que você disse donzela? – O rapaz soluçava entre as palavras.

-Apenas tire as suas calças!

Mas as frondosas árvores estavam tornando o local perfeito para o sexo escondido. Com alguns movimentos mágicos com suas delicadas mãos, a ninfomaníaca fez alguns arbustos crescerem ali e os encobriram.

- Mas o que é isto? Você é uma bruxa! – Selene, bêbado que estava, arregalara os olhos assustado, olhando para a sedutora e mágica mulher.

- Cale a sua boca que você não se arrependerá!

Arrancou sua roupa com muita violência e rasgou a camisa de tecido fraco do camponês musculoso e começou a beijá-lo. Os lábios se misturavam e com sabor de vinho forte as línguas dançavam dentro de suas bocas.  Flora tinha as habilidades de uma mulher da noite. Os corpos estavam se esfregando e mulher gostava do que o os prazeres humanos lhe faziam sentir. A mulher das flores já transara com vários humanos, mas estava gostando especialmente deste, um jovem que lhe poderia servir de escravo sexual sem que ninguém desconfiasse.

A viciada em sexo já observava o trabalhador do campo há algumas semanas e percebera que este possuía uma namorada. Ela estava disposta a afastar a moça morena que se relacionava com Selene. Após dias e dias passeando pela aldeia do rapaz de forma invisível e bisbilhotando-o até nos banhos, Flora resolveu atacar. A festa de casamento do Rei Sun seria a ocasião perfeita.

Durante a noite da festa se aplumou toda em um vestido decotado que lhe valorizava o busto. Perfumou-se com sua mais cara mirra e partiu para a festa. Aproximou-se do rapaz que, por incrível que não estava acompanhado por sua namorada, Carrie. Selene parecia meio triste, mas naquele dia ele seria atacado pela sua predadora sexual.


Tiveram sexo por algumas poucas horas antes que o homem desmaiasse. Depois de se vestir, Flora lançou um feitiço que fez com que o rapaz perdesse a memória daquela noite. Fora embora saciada com um sorriso malicioso no rosto. Mas aquele não era o homem que ela queria para longo prazo. Seu pretendido morava em um castelo de pedras preciosas! 

Dayvid Fernandes - O Autor
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